Alunos fazem viagem gastronômica pelo Brasil ao recriarem pratos regionais típicos

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Os alunos de Gastronomia da FAJ fizeram, durante os meses de fevereiro e março, uma deliciosa "viagem" pelo cardápio de várias regiões do Brasil. Durante as aulas práticas do curso, no Laboratório de Alimentos II, os estudantes puderam conhecer um pouco mais sobre a rica culinária do Norte, Nordeste e Centro-oeste, passando por receitas tradicionais que resultam da mistura de várias culturas, da indígena à portuguesa.
Sob a coordenação do professor Douglas Martins de Oliveira, as aulas dos dias 14 e 28 de fevereiro abordaram a cozinha do Norte do país, que mantém um princípio farto e amplo voltado ao que a floresta oferece, ao que a água dos rios doa de peixes e, principalmente, na capacidade criativa e adaptadora do homem da região em manter uma gastronomia de base indígena e de acréscimos das cozinhas de Portugal, da Índia e da África.
“Essa cozinha se alimenta de histórias, de fatos relatados por exploradores e viajantes que, fascinados pela grandiosidade e riqueza vindas da natureza da Amazônia, sonharam, em cenários que até hoje fascinam e comovem os que visitam a região, não só pela imensidão das florestas, mas pelo que elas significam de biodiversidade – reserva de vida para o Brasil e para o mundo”, comenta o Prof. Douglas.
No dia 14, as receitas foram de Marquise de chocolate, Solo e Vatapá do Pará. Já em 28 de fevereiro, os destaques ficaram por conta de pratos como Bolo de rolo, Moqueca Calapolvo ao Paraíso e Doce de espécie.
DELÍCIAS DO NORDESTE E CENTRO-OESTE
O tour pela diversidade brasileira chegou ao Nordeste nos dias 14 e 21 de março, quando o tema das práticas foram as receitas de Pato no Tucupi e Bolo Souza Leão (dia 14). Para o docente, a cozinha nordestina é um amplo e generoso laboratório socioeconômico.
“Identifica culturas, indivíduos, momentos históricos, revelando soluções criativas que convivem com princípios tradicionais e até ortodoxos”, discorre o Prof. Douglas, acrescentando: “O que se come não é separado do som, do gesto, da cor, das formas, da arquitetura, dos objetos, funcionando como éthos tradutor de longos processos regionais que reforçam suas identidades.”
A região Centro-oeste entrou no roteiro com as receitas de Dourado com molho de coco, Chipaguaçu, Empadão Goiano, Caldo de Piranha Pantaneira e Mané Pelado.
“Historicamente, em toda a região Centro-Oeste, o peixe garantiu o prato cheio do dia a dia, acompanhado de ingredientes tão populares como a banana-da-terra, a mandioca, o milho e produtos nativos como o pequi, fruto de polpa amarelada, espinhoso em seu interior, de sabor e perfumes fortes, e a guariroba, palmito levemente amargo”, descreve o docente. Ele ainda cita outros ingredientes, como o guaraná, a mangaba, a cagaita, o jenipapo e a jaracatiá, em preparos marcados pela influência indígena – quadro que só começou a mudar com a chegada dos migrantes à região.

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