
Os alunos dos cursos de Saúde podem participar no projeto de forma voluntária; horas dedicadas pelos alunos de Medicina contam nas provas de residência
O Centro Universitário de Jaguariúna (UniFAJ) colocou em prática a operação do hub da dengue, uma iniciativa multisetorial realizada em parceria com a Secretaria de Saúde de Jaguariúna com o objetivo de monitorar os pacientes positivados com dengue ou com suspeita da doença e, assim, promover orientações e identificação precoce de agravamento da doença.
O acompanhamento é feito por meio de ligação telefônica pelos alunos dos cursos de Enfermagem (graduação e técnico), Medicina, Fisioterapia, Educação Física, Nutrição, Biomedicina e Farmácia, com acompanhamento e supervisão dos docentes do centro universitário. A participação no hub da dengue é contabilizada no banco de horas de Atividade de Autoaprendizagem (AAD).
De acordo com a coordenadora do 1º ano do curso de Medicina da UniFAJ, professora Fatima Maia, a participação no hub da dengue é aberta aos estudantes de todos os semestres dos cursos de Saúde da UniFAJ. “Não existe uma quantidade de horas pré-determinada. Os alunos participam sempre nos horários de contraturno e como AAD”, explica.
No caso dos estudantes do curso de Medicina, as horas dedicadas ao hub da dengue podem ser computadas às horas das provas de residência, como um importante incentivo para a classificação. “Temos as planilhas que certificam a presença e é essa carga horária que ele frequentou que somará para esta classificação. Tudo vai depender da quantidade de horas que o estudante disponibilizar para o hub, que se configura como uma ação humanitária”, ressalta a docente.
Para o estudante do 3º semestre do curso de Medicina da UniFAJ, Luís Fernando Godoy Falco, a experiência de atuar no hub da dengue é extremamente positiva. “Estarmos em contato com o paciente, inclusive para ajudá-lo a manejar algumas dúvidas que eventualmente aparecem no processo de autocuidado ou mesmo no de terceiros, é uma oportunidade muito valiosa”, afirma.
O estudante também destaca a importância do hub da dengue. “É interessante porque muitas vezes conseguimos fazer intervenções rápidas e o encaminhamento do paciente para uma unidade de saúde de forma a evitar complicações, o que no caso da dengue é muito importante pois quando ocorre agravamento costuma ser rápido e, em alguns casos, os primeiros sinais são negligenciados”, complementa.
Além disso, o trabalho também é uma oportunidade para colocar em prática o aprendizado adquirido em sala de aula. “A participação no hub e o contato com os pacientes acaba sendo uma via de mão dupla, seja pela ajuda ao próximo ou pela possibilidade de exercitar conhecimentos adquiridos em unidades curriculares teóricas e práticas”.
Os estudantes interessados em atuar no hub da dengue devem procurar os coordenadores dos respectivos cursos.