
Gestor do curso de Educação Física apresenta estudos sobre relevância de se exercitar
“Praticar exercícios físicos regularmente é bom para a saúde". Com certeza, você já ouviu essa afirmação e é bem provável que concorde com a mensagem que ela traz. Pois bem, um recente estudo publicado no British Journal of Sports Medicine em abril deste ano lançou ainda mais luz sobre a benéfica relação entre exercício físico e saúde e, desta vez, no atual cenário da pandemia provocada pelo novo coronavírus.
Neste estudo, pesquisadores da Califórnia (EUA) analisaram o estilo de vida de mais de 48 mil pacientes diagnosticados com Covid-19 entre janeiro e outubro de 2020, por meio do prontuário empregado nos atendimentos ambulatoriais desses pacientes, o que possibilitou a investigação sobre a prática regular de exercícios físicos. Dessa forma, os cientistas analisaram, de forma retrospectiva, a evolução da doença em todos esses pacientes a fim de investigar se o hábito de praticar atividade física regular teria alguma interferência em três indicadores de agravo bem importantes: necessidade de hospitalização, necessidade de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e morte por Covid-19.
Os resultados demonstraram que não praticar atividade física regularmente é um fator de risco para o agravamento do quadro de saúde por Covid-19. Analisando cada um dos indicadores de agravo isoladamente, é possível verificar que aqueles que não relataram o hábito de se exercitar apresentaram risco de 2,26 vezes maior para necessidade de hospitalização, 73% a mais de risco de internação em UTI e risco 2,49 vezes maior de morte em decorrência da Covid-19.
Além disso, os resultados apontam para o fato de que, analisando o risco relativo entre o indicador de atividade física regular e demais fatores de risco para a Covid-19, tais como ser idoso ou portador de comorbidades. Ter acima de 60 anos e ser paciente transplantado demonstraram risco maior que a inatividade física para os agravos à saúde provocados pelo novo coronavírus. Resumidamente: não realizar atividade física regularmente demonstrou ser um fator de risco mais importante para hospitalização, necessidade de UTI ou morte em decorrência da Covid-19 do que ser hipertenso.
Esse achado se soma a tantos outros que atestam os benefícios e o potencial que as atividades físicas e esportivas, quando bem orientadas e objetivas, têm enquanto política de saúde pública, mesmo num cenário tão grave como o que vivemos atualmente.
Mas, agora, quero saber de você: tem se exercitado ultimamente?
Taiguara Bertelli-Costa - Graduado em Educação Física, especialista em Exercícios Físicos Aplicados à Reabilitação Cardíaca e Grupos Especiais. Mestre em Gerontologia. Doutor em Gerontologia. Gestor Acadêmico da Graduação em Educação Física no Grupo UniEduK. Membro da Sociedade Brasileira de Atividade Física e saúde. Docente na Graduação e Pós-Graduação em Educação Física e na área de Saúde.
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