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Câncer de mama em pets: saiba como prevenir e detectar precocemente

Câncer de mama em pets: saiba como prevenir e detectar precocemente

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Segundo docente de Medicina Veterinária da UniFAJ, alguns hábitos e a castração são formas de prevenção

Assim como ocorre em humanos, o câncer de mama é uma das doenças mais comuns em fêmeas caninas e felinas. Especialistas alertam que o diagnóstico precoce e alguns cuidados simples, como a castração e o toque frequente durante o carinho ou o banho, podem fazer toda a diferença na prevenção e no tratamento. No caso das gatas, a doença costuma ser ainda mais agressiva, avançando rapidamente e reduzindo as chances de cura.

Um estudo publicado em 2024, na revista Veterinary Sciences, analisou centenas de casos de lesões mamárias em gatas e confirmou que os tumores malignos são predominantes, com comportamento agressivo e altas taxas de metástase. Os pesquisadores reforçam que a detecção precoce é essencial para aumentar as chances de sobrevida em felinos.

“Os tumores de mama podem ser benignos ou malignos. Infelizmente os tumores mamários malignos são bastante comuns em pets, e, no caso dos felinos, a doença tende a ter um comportamento mais agressivo”, explica a médica-veterinária e docente do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Jaguariúna (UniFAJ), Dra. Aline Ambrogi. 

No caso das cadelas, os tumores são geralmente menos agressivos, com evolução mais lenta. Uma pesquisa de 2024, feita pela Universidade de São Paulo (USP), revelou um aspecto interessante, identificando semelhanças com o câncer de mama humano. Esse tipo de pesquisa abre portas para diagnósticos mais precisos e até tratamentos personalizados no futuro, já que, no momento, o prognóstico ainda depende da detecção precoce e do estágio do tumor. Por isso, os tutores devem ficar atentos aos sinais e mudanças de comportamento do animal.

“É comum que o tutor descubra o problema por acaso, durante um carinho ou o banho. Pequenos nódulos aparecem nas mamas e, com o tempo, podem endurecer, ulcerar a pele, liberar secreções e causar dor. Nos estágios mais avançados, o animal emagrece, perde o apetite e até passa a mancar”, explica Aline. 

Prevenção 

É importante que os tutores mantenham o hábito de apalpar os seus pets e mantenham um cronograma de visitas ao veterinário. Esse conjunto ajuda na detecção precoce, que começa de forma simples com a avaliação clínica. Se houver suspeita, exames de imagem como raio-X de tórax e ultrassonografia abdominal, ajudam a verificar se houve metástase. Para confirmar o tipo de tumor, apenas a análise laboratorial do material retirado em cirurgia trará a resposta definitiva.

Outra questão importante é que os tutores não usem anticoncepcionais hormonais em cadelas e gatas, pois isso aumenta o risco de câncer. O correto para evitar a reprodução é a castração. “Quando diagnosticado no início, muitos tumores podem ser tratados com sucesso e o animal ficar livre da doença”, enfatiza Aline. 

Na maioria dos casos é indicada a cirurgia para a retirada total ou parcial das mamas, e o tratamento também pode ser complementado com a quimioterapia, realizada por um oncologista veterinário.

É o caso da Manu, uma cadela da raça pastor belga de seis anos, que recentemente passou por uma cirurgia para a retirada das mamas. O caroço que estava pequeno, começou a inchar e triplicou de tamanho em poucos dias, o que fez a tutora, a estudante Carol Regina da Silva, procurar ajuda. “A Manu sempre vai ao veterinário, e o caroço tinha sido descoberto no ano passado, portanto ela já estava fazendo acompanhamento. Mas com a piora, foi feita a cirurgia, e agora aguardamos o resultado da biópsia. E, se Deus quiser, ela vai ficar bem”, relata. 

E assim como no caso das mulheres, o diagnóstico precoce é fundamental. Por isso além de palpar com frequência as mamas dos animais, durante o banho ou um momento de carinho, o que faz a diferença são as visitas de rotina ao veterinário, que podem detectar o problema nos estágios iniciais, aumentando muito as chances de cura.

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