
Os cavalos, especialmente os destinados às atividades esportivas, militares, policiais, de trabalho e lazer, sofrem, frequentemente, variados tipos de lesões. Além dos acidentes traumáticos como rupturas de tendões e músculos, fraturas, e lesões de córnea, também há lesões de esforço repetitivo, ou seja, geradas pelo desgaste natural dos tecidos como a artrose.
Muitas vezes, os tratamentos são difíceis, mas existem medicamentos e até cirurgias. Em alguns casos, há plena recuperação. Esse fato justifica o investimento em áreas da Medicina Veterinária que visam acelerar a cura, a restauração da qualidade de vida e a funcionalidade de tecidos lesados, como a terapia celular (células-tronco) ou terapia regenerativa.
O Grupo UniEduK está atento a essa necessidade e tendência. Por isso, oferece ambulatórios com terapia regenerativa para equinos e pequenos animais, liderados pela professora Dra. Amanda Baracho Trindade Hil.
Segundo a docente, a terapia celular tem sido muito ativa na última década, contribuindo, assim, com aumento significativo de estudos e de protocolos terapêuticos e, consequentemente, com avanços em várias áreas, inclusive na medicina equina.
A terapia com células-tronco soluciona várias doenças crônicas, degenerativas e inflamatórias, para as quais a terapia convencional não é eficaz. Outra vantagem é sua fácil aplicação, pois é minimamente invasiva, possui custo e tempo de recuperação reduzidos, quando comparada com outras técnicas cirúrgicas.
No equino, o foco da pesquisa e utilização clínica das células-tronco é a regeneração e a cura de tecidos lesionados, principalmente, em doenças musculoesqueléticas, uma vez que são as afecções que mais os acometem.
A terapia convencional foca na redução da inflamação e dos sintomas, porém, quando os animais retornam à sua atividade, há muitos casos de recidiva. Neste contexto, a terapia celular é extremamente vantajosa, pois utiliza os mediadores bioativos secretados nas células-tronco para diminuir inflamação, modular o sistema imune e a angiogênese, inibir a formação de cicatrizes e estimular as células progenitoras intrínsecas a regenerar sua funcionalidade, de modo a diminuir as recidivas.
Tanto em pesquisas humanas quanto veterinárias, as células-tronco mesenquimais (CTMs), derivadas de tecidos adultos, são o tipo celular de escolha, especificamente, por sua capacidade de diferenciação, secreção de fatores bioativos, baixa imunogenicidade e alto potencial anti-inflamatório. As principais indicações da terapia celular nos equinos são: tendinite, desmite, artrite, artrose, fraturas, inflamação muscular, laminite, feridas, úlceras de córnea, ceratites, doenças inflamatórias, alérgicas, etc.
Outro ponto é o custo. O tratamento multimodal para tendinite em cavalos custa, em média, 2 mil reais. Já a terapia celular custa, em média, 3 mil reais, porém o número de recidivas é significativamente menor. Outro é a aceleração da cura: a terapia celular possibilita retornar à qualidade de vida do animal o quanto antes.
No entanto, o sucesso da terapia celular depende de muitos fatores: tipo de célula, dose, via de administração, se as células estão frescas ou recém-descongeladas, tamanho e cronicidade da lesão. Logo, para escolher a dose e via de administração, o conhecimento da doença, biologia celular, biodistribuição das células e mecanismo de ação são imprescindíveis.
Isso evidencia a necessidade de formar profissionais capacitados para oferecer essa terapia inovadora a seus pacientes, considerando que a medicina regenerativa está em constante expansão mundial e poucos possuem conhecimento sobre essa área. No Brasil, muitas universidades investigam o potencial terapêutico das células-tronco, mas restrito aos pesquisadores e estudantes de pós-graduação.
Para preencher essa lacuna, pioneiramente, o Grupo UniEduK implementou a disciplina de Medicina Veterinária Regenerativa com a Dra. Amanda Baracho Trindade Hill. Ela é especialista em células-tronco e CEO da empresa CellTech - Tecnologias com células-tronco e busca capacitar e preparar os estudantes para o mercado de trabalho, cada vez mais competitivo.
O Grupo UniEduK possui, ainda, uma parceria com a empresa CellTech, que visa, por meio da pesquisa científica, alavancar áreas multidisciplinares, como o desenvolvimento de terapias inovadoras, estudos pré-clínicos, e assim propulsionar o avanço das tecnologias regenerativas.
Texto: Dra. Amanda Baracho Trindade Hill – docente do Grupo UniEduK e especialista em células-tronco e CEO da empresa CellTech - Tecnologias com células-tronco.
Com contribuição de: Silvio Batista Piotto Junior - médico-veterinário, gestor do curso de Medicina Veterinária do Grupo UniEduK.