Em 2012, mais de 640 mil estudantes se matricularam em algum curso tecnológico. De 2010 para 2012, o número de matrículas cresceu 17%. O atrativo está no fato de serem cursos mais rápidos.
A estudante de design Vagna Santos quer um diploma, mas não quer passar quatro anos em uma sala de aula: “Já não estou numa idade de perder muito tempo e esse curso vai me atender no ramo que vou trabalhar. Depois quero abrir uma loja de adorno e decoração”.
A equivalência com um curso superior é a principal diferença para o curso técnico, que equivale ao ensino médio. “É curso superior como outro qualquer. Terminou e você pode fazer pós-graduação, buscar especialização, fazer mestrado e doutorado”, explica Paulo Leite, diretor da faculdade Senac de Contagem, MG.
O Ministério da Educação (MEC) reconhece 113 tipos de cursos tecnológicos em as áreas como gestão, design, informática, indústria e saúde. Os cursos de tecnólogo duram de dois a três anos e boa parte das aulas é prática.
Como os cursos para tecnólogos são muito práticos, não é preciso fazer estágio fora. “A lei não exige estágio na graduação tecnológica, porque a sala de aula é viva, dinâmica e prática. Ensina conceito, teoria e prática também. Temos área de carreira onde empresas procuram alunos pra preencher suas vagas”, afirma Alice Hosken, diretora acadêmica dos cursos de graduação tecnológica.
Gastronomia
Outra área que tem atraído muitos alunos é a de gastronomia. Hoje, o Brasil tem 128 instituições de ensino de gastronomia, que formam quatro mil chefes de cozinha por ano. São dois anos e meio de curso, onde se aprende as mais variadas receitas e também como administrar um restaurante.
O mercado gastronômico está em plena em expansão: o salário médio de um chefe de cozinha passou de R$ 3.859,79, em 2012, para R$ 4.011,87, no ano passado. Os salários de chefe de confeitaria e sub-chefe de cozinha também aumentaram.
Áreas em expansão
Os dados mais recentes do MEC mostram quais são as cinco ocupações tecnólogas que mais empregaram em 2011 e 2012. São elas: tecnólogo em logística de transporte, tecnólogo em eletrônica, tecnólogo em segurança do trabalho, tecnólogo em gestão da tecnologia da informação e tecnólogo em secretariado escolar.
Já os salários mais altos, também segundo o MEC, foram para tecnólogo em petróleo e gás (R$ 12.325,28), tecnólogo em fabricação mecânica (R$ 5.334,10), tecnólogo em telecomunicações (R$ 4.946,85), tecnólogo em sistemas biomédicos (R$ 4.868,99) e tecnólogo em meio ambiente – (R$ 4.548,77).
Fonte: G1