
Evento integrou a programação do Setembro Verde e contou com especialistas para discutir a atuação do enfermeiro na captação de órgãos
O Centro Universitário de Jaguariúna (UniFAJ) realizou nesta quarta-feira (17/09), no anfiteatro do campus 2, o II Simpósio de Enfermagem, que teve como tema: “Desafios e atualidade sobre doação de órgãos no Brasil”. A programação integrou as ações do Setembro Verde, campanha de conscientização sobre a importância da doação de órgãos e tecidos. O simpósio foi aberto a estudantes de Enfermagem da UniFAJ e público externo.
Entre os palestrantes estavam a enfermeira Dra. Bruna Marinelli, que apresentou o processo de detecção da morte encefálica até a definição do paciente como potencial doador, e a médica Dra. Janaina Perkles, que abordou o processo de captação dos órgãos.
Idealizado pelo Núcleo Docente Estruturante do curso de Enfermagem, presidido pela coordenadora do curso de Enfermagem da UniFAJ, Adriana Tebaldi, o simpósio foi organizado pelos docentes da UniFAJ, Marcos Niccioli e Dra. Elaine Ribeiro, com o objetivo de discutir o tema dentro da universidade, uma vez que a temática é fundamental.
“No mês da conscientização sobre doação de órgãos, falar sobre esse tema é extremamente importante, a fim de enfatizar que o milagre da vida pode continuar em outras pessoas”, disse Elaine.
Segundo a docente, o simpósio trouxe reflexões sobre a prática humanizada da profissão. “O enfermeiro tem papel essencial na educação e saúde, no acolhimento desses familiares e na organização da assistência, tanto na situação de doação quanto do transplante”, ressalta.
“O tema promove ainda, uma formação ética e humanizada, uma vez que envolve lidar com a finitude da vida, empatia, comunicação, enfim, momentos delicados que envolvem a nossa profissão”.
Ela também reforça que o simpósio contribuiu para reduzir o déficit de informações e combater mitos sobre o tema, além de preparar os futuros enfermeiros para atuar de forma técnica, mas também sensível, em um dos pontos mais complexos da assistência hospitalar.
Por fim, Dra. Elaine ressalta a expectativa em relação ao impacto do evento nos estudantes. “Nós esperamos que os alunos saiam mais sensibilizados e conscientes sobre a relevância social acerca da doação de órgãos e tecidos. Que esses novos enfermeiros desenvolvam competências profissionais relacionadas ao cuidado baseado em evidências e que também possam se tornar agentes transformadores capazes de multiplicar a informação de qualidade, combater fake news, preconceitos e que possam reconhecer o papel real do enfermeiro como elo fundamental entre a equipe de saúde, os familiares e os pacientes nesse processo de doação de órgãos”.